sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Detentas fazem flash mob em homenagem ao Papa

Ala do presídio feminino de Rebibbia reuniu detentas de várias crenças no flash mob “O Papa é Pop”, uma forma de mostrar o carinho por Francisco
Da Redação, com Rádio Vaticano
Flash mob no presídio de Rebibbia / Foto: Twitter Pope is Pop
Flash mob no presídio de Rebibbia / Foto: Twitter Pope is Pop
“O Papa é pop” é o nome de um flash mob improvisado nesta quinta-feira, 29, no presídio feminino de Rebibbia, na Itália, para homenagear o Papa Francisco. As detentas quiseram demonstrar seu afeto pelo Papa, cantando e dançando juntas para mostrar sua alegria com a mensagem de esperança que Francisco faz chegar também a quem está preso.
A apresentação envolveu 50 mulheres da seção feminina do presídio de Rebibbia. Detentas de fé e de cultura diferentes se uniram em uma única paixão: o Papa e a mensagem que ele transmite. A iniciativa partiu do italiano Igor Nogarotto.
“ ‘O Papa é pop’ nasce simplesmente do fato de que Francisco me fascinou. Eu não sou crente, mas me aproximei da Igreja graças a ele, graças ao seu carisma, ao seu modo de ser um pouco fora dos esquemas, mas sobretudo por ser ‘pop’, popular. Ou seja, a vontade de estar em meio ao povo, de estar próximo às pessoas que precisam”, contou Igor.
Esse foi o primeiro flash mob realizado em um presídio italiano. Segundo Igor, a prisão reúne detentas de vários lugares – Tanzânia, Nigéria, Canadá, Libéria – são mulheres que erraram, mas também para elas existe o perdão e a possibilidade de reabilitação.
“São pessoas que erraram, mas podemos dar a elas a possibilidade de serem reinseridas na sociedade, através do sacrifício, do trabalho, do estudo, mas também através de atividades artísticas. E essa é uma coisa que me parece que Francisco diz, estando próximo às pessoas. E mais, é incrível que mulheres católicas, muçulmanas e ortodoxas dancem juntas para o Papa Francisco”, acrescentou Igor.
Segundo a diretora da seção feminina do presídio, Ida Del Grosso, essas iniciativas têm uma particular importância e devem ser sempre acolhidas com fervor, pois possibilitam uma mensagem de unidade. “Elas superaram suas diferenças de idioma, de cultura, trabalharam juntas para a dança, mas para uma dança que tinha um significado grande, de dizer: ‘Papa, estás conosco; te agradecemos porque pensas sempre em nós: nós somos as últimas da sociedade”.
O presídio de Rebibbia já recebeu a visita de Francisco, mas na ala masculina. Ida recordou com emoção os momentos ao lado do Papa. “Viveram a experiência da Missa que o Papa celebrou com elas como se fossem pessoas livres. Puderam mostrar aos seus familiares como o presídio pode dar a elas possibilidades, como aquela de encontrar o Papa. Por que não?”.

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